“Continuo buscando, re-procurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar e anunciar a novidade”. Paulo Freire

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Festas Juninas ( texto informativo)

Festas Juninas
Na antiguidade, quando a ciência ainda não havia explicado o funcionamento do universo, as alterações no clima eram atribuídas à magia e aos deuses. Dias quentes e ensolarados, depois dos meses frios do inverno e dos dias amenos da primavera, eram considerados uma benção divina. Assim, os povos daquela época criaram rituais para garantir a boa vontade e a bondade das divindades responsáveis por esses fenômenos.
Quando o cristianismo tornou-se a religião oficial do Ocidente, no século IV, as principais celebrações pagãs foram sendo incorporados ao calendário das festas católicas. Foi assim com o Natal, com o Dia de Todos os Santos e também com as festas Juninas.
Os católicos explicam a origem das festas Juninas pela passagem da Bíblia que diz “Nossa senhora e santa Isabel eram muito amigas. Por esse motivo, costumavam se visitar com freqüência. Um dia Santa Isabel foi à casa de Nossa senhora para contar que estava esperando um bebê e combinou que quando ele nascesse ela acenderia uma fogueira bem grande, que pudesse ser vista à distância. Quando o bebê nasceu, no dia 24 de junho, recebeu o nome de João e santa Isabel avisou Nossa senhora da forma que tinha combinado. A partir desse dia, 24 de junho passou a ser festejado com mastro, fogueira, foguetes, danças, comidas e muita alegria.”
Os povos antigos (celtas e greco-romanos) praticavam rituais de fertilidade com fogueiras e festejos para homenagear os deuses da colheita, pois em junho, nos países do hemisfério norte, é o início do verão, época propícia para o plantio.
Essas festas, que aconteciam no mês de junho, foram chamadas de “festas joaninas”, em homenagem a são João. Os portugueses, quando descobriam o Brasil, trouxeram a língua, os costumes, danças, enfim toda sua cultura e dentro dela estavam as festas joaninas que o Brasil viraram festas juninas.
Os jesuítas aproveitavam as festas religiosas e outras celebrações para atrair a atenção dos indígenas e trazê-los para a igreja onde eram catequizados.
SANTO ANTONIO ( 13 DE JUNHO) – É conhecido como o santo casamenteiro, santo protetor dos casais enamorados. Algumas pessoas quando perdem algum objeto, “pedem” para Santo Antonio que lhes “mostre” onde está.
SÃO JOÃO (24 DE JUNHO) – É considerado o santo protetor das mulheres grávidas. Dizem que São João fica felicíssimo quando a fogueira é bem alta e bonita e que ele adoro fogos.
SÃO PEDRO (29 DE JUNHO) – É conhecido como santo dos pescadores, responsável pelas chuvas, sempre tão esperadas pelos agricultores e responsável pelas portas do céu.
As tradições fazem partes das comemorações. Junho é marcado pelas fogueiras que servem como centro para as quadrilhas. Os balões enfeitam o cenário, embora estejam proibidos em função dos riscos de incêndio que representam.
No nordeste existem os grupos festeiros que ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Lembram as Festas de Reis que acontecem no início do ano. Esses grupos vão passando pelas casas e são recebidos pelos moradores com mesas fartas de comidas e bebidas.
No Sudeste, as quermesses, geralmente realizadas nas igrejas, colégios e comunidades, são tradicionais. São montadas barraquinhas com brincadeiras e comidas típicas. As quadrilhas alegram o ambiente.
Fogueira: significa a purificação e afastamento dos maus espíritos. É acesa como agradecimento e para homenagear os deuses, além de ser o símbolo da reunião de amigos e famílias.
Quadrilha: Iniciou-se na Inglaterra e a França “adotou” a dança de maneira que os franceses tornarem-na uma dança nobre. Rapidamente se espalhou para toda a Europa. No Brasil, a quadrilha é feita através de um animador (puxador de quadrilha) que vai anunciando os passos e os participantes vão se movimentando de acordo com a sua orientação.
Fogos de artifícios: acredita-se que os fogos espantam os maus espíritos pelo barulho e desperta são João para a festa.
Pau de sebo: É uma das brincadeiras mais engraçadas da festa. Um mastro cilíndrico de aproximadamente 4 ou 5 metros de altura é fincado no chão. No seu topo há um premio em dinheiro para quem conseguir escalar o mastro recoberto de sebo.
Balões: significam uma oferenda aos céus para realização ou agradecimento por pedidos realizados.
Casamento caipira: É uma encenação em que a noiva está grávida e o noivo tenta fugir do casamento o tempo todo, mas por medo do pai, delegado ou soldados armados, acaba tendo que se casar.
Mastro: simboliza o desejo da fertilidade e é uma maneira de homenagear os santos.
Simpatias: na época das Festas Juninas muitas pessoas fazem simpatias para pedir proteção, alegria, arranjar namorado, etc.
Comidas típicas: como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos com esse alimento: pamonha, cural, milho cozido, bolo, canjica, pipoca e outros. Outras comidas também são muito apreciadas como: arroz doce, bolo de amendoim, pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce, mandioca e vários outros que são típicos de determinadas regiões brasileiras.
Músicas de festas Juninas: Muitas músicas são passadas de pai para filho e elas animam as festas juninas. Na execução das músicas usa-se muito a sanfona (acordeom), pandeiro, triângulo, zambumba, chocalho e viola

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